Escopa
Adaptar jogos pode ser uma boa estratégia para diversificar ou ampliar uma aula e propiciar ao aluno mais formas de aprender. A Escopa, é um jogo de cartas em que os participantes precisam acumular a cada rodada 15 pontos em cartas, seguindo algumas regras e orientando-se pelos seus valores numéricos por rodada e para os seus pontos no final de cada partida.
Uma rodada significa que cada um dos jogadores teve a sua vez no jogo. Cada partida, representa várias rodadas realizadas até que o baralho se esgote e não seja possível realizar mais rodadas. O jogo termina quando se atinge o seu objetivo. Isso pode variar por quanto das regras estabelecidas do jogo ou entre aqueles que estão jogando.
Este jogo permite que os jogadores desenvolvam habilidades como:
- raciocínio lógico rápido;
- estratégias de aguardar ou provocar a melhor jogada (já que algumas cartas possuem maior valor no jogo);
- associação de parcelas (cartas) facilitando a adição (por exemplo: $8 + 7 = 9 + 6 = 10 + 5 = 15$) ;
- avaliação de possibilidades de jogadas e tomada de decisão;
Como Jogar?
Existem algumas variações neste jogo de cartas, mas praticamente todas as variações estão próximas à que é indicada na Wikipédia [Escopa]. Uma versão interessante do jogo é descrita no site Jogos de Cartas: "Escopa" e uma explicação mais detalhada de como jogar o jogo pode ser encontrada no site Mega Jogos: "Como Jogar Escopa Italiana".
É possível também utilizar o jogo on line ou baixar no celular, tablet ou outro aparelho (no Play Store, procure por "escopa", "escopa de quinze" ou "scopa" e você terá várias opções gratuitas do jogo). No caso do jogo on line, no celular ou outro aparelho, o sentido dele não estará voltado diretamente para o ensino e assim poderá não haver controle de possíveis variações no jogo ou no que o acompanha, mas continua sendo um bom exercício para a mente.
O site LudiJogos disponibiliza o jogo. É preciso fazer um cadastro simples e gratuito para jogar. Uma vez cadastrado você poderá participar de quantas partidas ou campeonatos quiser. Os jogos no site estão caracterizados com ranqueamento.
Sugestão de Aula
Para não utilizar muito tempo da aula, o professor poderá entregar aos alunos um manual de como será o desenvolvimento da atividade, com etapas como: aprendendo as regras, variando o jogo, possibilidades de rodadas e partidas, questionários prévios, e então desenvolver alguma atividade simulando jogadas em sala de aula e realizando questionários a respeito. Algumas perguntas no sentido estão estipuladas mais abaixo.
Se aplicado em contra turno (no horário ampliado, ou no AEE, e ainda em atividades de programas como o Mais Educação), poderá ser mais explorado, criando ainda um campeonato com disputa por duplas ou uma gincana estabelecendo atividades dentro do jogo.
O professor poderá realizar variações no jogo, escolhendo outras somas para cada rodada e explorar algumas possibilidades, além de jogar questionar e simular jogadas para responder a questões como:
- Quais as combinações de cartas que somam 15 pontos?
- Qual é o número mínimo e máximo de cartas para se obter 15 pontos?
- Quantos pontos máximos existem em um baralho? (soma dos pontos de todas as cartas);
- Quantos grupos únicos de 15 pontos é possível formar com um baralho?
- Quantas combinações de grupos de cartas somando 15 pontos é possível formar utilizando-se algumas cartas em específico?
- Quando em um jogo, uma partida termina, quantas cartas ou quantos pontos de cartas restam na mesa?
- Quais somas permitem obter mais pontos para a partida?
- Qual é o mínimo de cartas para garantir o ponto por maior quantidade de cartas numa partida?
- Quantas partidas mínimas são necessárias para garantir que o jogo irá terminar?
- Até quantas escopas é possível garantir no jogo? (uma pergunta mais complexa, que demanda analisar algumas regras e possibilidades do jogo).
Estas e outras questões podem ser elaboradas e testadas no jogo, para alunos desde o 3º ano do ensino fundamental até o ensino médio. Variando em dificuldade e encaixando em determinados conteúdos matemáticos.
Se o professor desejar descaracterizar o baralho, procurando utilizar outros símbolos e numeração ao invés de letras, para que atenda a todos os alunos, por conta de alguns deles não participar de jogos de cartas, ele poderá criar as cartas e personalizá-las a seu modo ou até mesmo de acordo com determinada atividade a ser desenvolvida.
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